Pesquisadores do PDUI conhecem projetos de ecoturismo

07/07/2017 17h41

Dois projetos na área de turismo náutico foram apresentados aos pesquisadores da equipe do Plano de Desenvolvimento Metropolitano, na tarde da última terça-feira (04), no auditório do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Um deles é voltado para o desenvolvimento do roteiro turístico ligado ao Monumento Natural Morro do Penedo e o outro envolve a observação das baleias jubarte no litoral capixaba.

Segundo o presidente do Instituto Marcos Daniel, Marcelo Renan de Deus Santos, o objetivo do projeto Turismo de Base Náutica Comunitária no Monumento Natural do Penedo é fomentar uma parceria entre Estado, municípios e organizações da sociedade civil a fim de desenvolver atividades de ecoturismo na unidade de conservação Morro do Penedo.  

De acordo com Santos, o Monumento Natural do Penedo é uma unidade de conservação do município de Vila Velha, no entanto, por estar localizada na baía de Vitória, o investimento conjunto de várias gestões pode atrair benefícios à região metropolitana como um todo. Isso porque esse projeto envolve a promoção da consciência ambiental da população e propõe uma fonte alternativa de renda às pessoas que sobreviviam da pesca artesanal na baía de Vitória, tais como pescadores e catadores de mariscos, que tiveram suas atividades interrompidas em função das obras de dragagem e da má qualidade da água.

“A ideia é capacitar os moradores das comunidades do entorno em novas habilidades, potencializando o conhecimento que essas pessoas têm sobre o mar e a respeito do uso de embarcações para o turismo náutico. Antes, elas levavam pessoas para pescar e, a partir do projeto, levarão para passear”, declarou Marcelo Santos.

BALEIAS

O projeto Os Amigos da Jubarte foi apresentado pelo presidente do Instituto Canal, Thiago Ferrari. Trata-se de um projeto desse instituto, em parceria com a Prefeitura de Vitória, Vale, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e os institutos Últimos Refúgios, Ecomaris e Baleia Jubarte. O objetivo do projeto é fomentar o ecoturismo no Estado por meio da prática de whale whatching (observação de baleias), muito difundida no arquipélago de Abrolhos, na Bahia.

Mediante Ferrari, o Estado tem tanto potencial para esse tipo de ecoturismo quanto Abrolhos, pois as baleias Jubarte saem da Antártida entre os meses de novembro e dezembro com destino ao Brasil e chegam ao Espírito Santo e ao estado da Bahia perto de maio e junho, onde permanecem por cerca de seis meses, com a finalidade de se reproduzirem.

Thiago Ferrari explicou que as baleias jubarte escolhem a faixa do banco dos Abrolhos – que vai do norte do Espírito Santo até o Sul da Bahia – em função de as águas serem mais calmas e quentes e ainda em decorrência da menor profundidade, cerca de 70 metros.

O projeto teve início em 2014, com expedições de pesquisadores a fim de realizar estudos sobre o comportamento desses mamíferos em mares capixabas e, este ano, traz novidades. O projeto já iniciou a capacitação profissional de mestres de embarcações e operadores de turismo náutico atuantes no Estado para que estejam habilitados a levar turistas para a prática de whale whatching.

As expedições turísticas oficiais estão previstas para acontecerem após o Festival da Baleia, a ser realizado nos dias 14 a 16 deste mês, em Vitória. Os interessados podem acessar mais informações no site www.queroverbaleia.com para saber como comprar o ingresso para as expedições.

Para Ferrari, o Espírito Santo tem um potencial para o turismo náutico que, caso seja devidamente explorado, é uma maneira de desenvolver vetores econômicos sustentáveis, além de oferecer aos cidadãos outras opções de lazer. “Acreditamos no turismo natural e que a baleia jubarte que nasce aqui é capixaba, logo, é possível desenvolver o turismo de observação de baleias no Estado. Na última expedição que fizemos, na semana passada, nós avistamos mais de 40 baleias”, declarou.

 

Crédito: Leonardo Merçon